Reversão de Vasectomia com Microscópio

O uso do microscópio em cirurgia visando a fertilidade.

Cirurgia visando a fertilidade - Marco Lipay Urologia

Por Marco Lipay

A reversão da vasectomia com o auxílio de um microscópio é um procedimento conhecido como vasovasostomia. Essa técnica é utilizada para restabelecer a passagem do esperma através dos ductos deferentes, que foram interrompidos durante a vasectomia.

Durante a vasovasostomia com microscópio, o cirurgião utiliza um microscópio de alta potência para realizar uma sutura precisa e delicada dos ductos deferentes. Isso é necessário para garantir que o canal seja reconectado corretamente e permita novamente o fluxo de esperma.

O procedimento é geralmente realizado em um ambiente hospitalar ou clínica cirúrgica, com o paciente sob anestesia geral ou local. O cirurgião faz pequenas incisões na região escrotal para acessar os ductos deferentes e avaliar a possibilidade de reversão.

É importante ressaltar que nem todos os casos de vasectomia são reversíveis, pois o tempo decorrido desde a cirurgia e outros fatores podem afetar a viabilidade da reversão. Além disso, o sucesso da vasovasostomia não garante uma gravidez bem-sucedida, pois podem existir outros fatores relacionados à fertilidade.

Antes de considerar a reversão da vasectomia, é recomendável discutir suas opções com um urologista especializado em fertilidade masculina. Eles poderão avaliar seu caso específico e fornecer orientações adequadas com base nas circunstâncias individuais.

  1. Preparação: Antes do procedimento, o paciente passará por uma avaliação médica completa, incluindo exames físicos e de fertilidade. Isso é importante para determinar a viabilidade da reversão e identificar outras questões relacionadas à fertilidade que possam afetar os resultados.

  2. Anestesia: O procedimento pode ser realizado com anestesia geral ou local, dependendo das preferências do paciente e das recomendações do médico. A anestesia local é administrada na área escrotal para minimizar o desconforto durante a cirurgia.

  3. Incisões: O cirurgião fará pequenas incisões na região escrotal para acessar os ductos deferentes. Normalmente, são feitas duas incisões, uma em cada lado do escroto.

  4. Identificação dos ductos deferentes: Com o auxílio do microscópio, o cirurgião irá localizar e identificar os ductos deferentes que foram interrompidos durante a vasectomia. Eles serão cuidadosamente separados dos tecidos circundantes.

  5. Corte dos ductos deferentes: Os ductos deferentes serão cortados nas extremidades que foram previamente ligadas ou obstruídas durante a vasectomia. Isso permitirá que o cirurgião prepare as extremidades para a reconexão.

  6. Reconexão dos ductos deferentes: Com o auxílio do microscópio, o cirurgião irá realizar suturas finas e precisas para reconectar as extremidades dos ductos deferentes. Isso é um processo delicado e requer habilidade cirúrgica especializada.

  7. Teste de fluxo de esperma: Após a reconexão, o cirurgião irá verificar se há fluxo de esperma através dos ductos deferentes recém-conectados. Isso pode ser feito injetando um líquido especial nos ductos e observando se há retorno de esperma.

  8. Fechamento das incisões: Após a confirmação do fluxo de esperma, as incisões são cuidadosamente fechadas com suturas ou adesivos cirúrgicos.

Após a cirurgia, é necessário um período de recuperação, durante o qual o paciente deverá seguir as orientações médicas, incluindo repouso e cuidados com a área cirúrgica. É importante ressaltar que a reversão da vasectomia não garante a fertilidade imediata, e pode levar algum tempo para que o esperma retorne ao sêmen em quantidades suficientes para a concepção. Os casais também devem estar cientes de que outros fatores além da reversão da vasectomia podem afetar a fertilidade e a capacidade de concepção.

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