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Próstata Aumentada

Opções de Tratamento Cirúrgico para próstata aumentada de tamanho que levam a Transtornos Urinários.

Próstata Aumentada Dr. Marco Lipay

Por Marco Lipay

Abordaremos opções de tratamento cirúrgico desobstrutivo da próstata, minimamente invasivo.

O aumento da próstata ocorre pela proliferação das glândulas prostáticas conhecido como hiperplasia prostática benigna (HPB) e geralmente inicia-se após a 4 década de vida do homem.

Nem sempre o simples aumento da próstata necessita de tratamento, mas quando o aumento desencadeia sinais e sintomas, indica que você precisa conversar com o seu Urologista e aproveitamos para lembrarmos alguns:

  • Acordar a noite para urinar;
  • Aumentar a frequência miccional diurna;
  • Diminuição da força e calibre do jato urinário;
  • Sair correndo para urinar;
  • Molhar a roupa.

As indicações de tratamento cirúrgico ocorrem quando houve falha no tratamento medicamentoso ou em alguma das situações abaixo:

  • A bexiga não esvazia adequadamente,
  • Retenção Urinária,
  • Infecção Urinária,
  • Presença de Cálculo Urinário na Bexiga,
  • Incontinência Urinária por transbordamento,
  • Divertículos Vesicais,
  • Refluxo de Urina da Bexiga para as unidades renais (com ou sem insuficiência renal),
  • Sangue na Urina de modo refratário,

Escolha da técnica cirúrgica:

A escolha da técnica cirúrgico depende de alguns fatores e nem sempre é a que o paciente deseja, citamos:

  • Tamanho da Próstata,
  • Condições Clinicas do Paciente,
  • Presença de Doenças Associadas,
  • Medicamentos de Uso Crônico,
  • Risco Anestésico,
  • Aparelhos Disponíveis no Hospital,
  • Experiência e Expertise do Urologista e Equipe na Técnica Cirúrgica.

Portanto, o procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, tem como objetivo remover parte da próstata hiperplasia (aumentada de tamanho) que obstrui o fluxo
urinário.

Os Procedimentos minimamente invasivos, são realizados, sob anestesia, e levam em média, em 1 hora para ser executado. Na maioria dos procedimentos, utiliza-se uma micro câmera acoplada a um elemento de trabalho e uma fonte de energia. A fonte de energia pode ser um bisturi monopolar, bipolar ou laser.

O paciente fica hospitalizado por volta de 36 horas e permanece com uma sonda de drenagem de urina que é retirada horas antes da alta hospitalar.

Todos os fragmentos de próstata extraído são encaminhados para estudo no laboratório de anatomia patológica, exceto quando a fonte utilizada é o laser.

A Desobstrução Urinária:

A ressecção transuretral (RTU) da próstata, utilizando bisturi monopolar, bipolar, plasma ou laser é indicada para próstata de tamanho até 80 gramas. Para as próstatas maiores indica-se outras técnicas cirurgias como cirurgia aberta, robótica e laser.

Os riscos cirúrgicos são baixos, mas existem, citamos alguns:

  • Necessidade de revisão cirúrgica em qualquer tempo;
  • Estreitamento da uretra (canal que conduz urina da bexiga para o meio exterior);
  • Ejaculação retrógrada (liquido seminal vai para a bexiga e sai junto da urina);
  • Transfusão sanguínea;
  • Disfunção erétil;
  • Incontinência Urinária;
  • Infecção Urinária.

Técnicas Cirúrgicas:

  • RTU monopolar é considerada o “padrão ouro” das técnicas, mas existem outras alternativas técnicas:
  • RTU Bipolar, apresenta-se como uma excelente alternativa. É segura e eficácia a longo prazo com resultados comparáveis ao monopolar. O principal benefício é que minimiza o risco de intoxicação hídrica por utilizar soro fisiológico para irrigação.
  • Vaporização Prostática também é outra alternativa à RTU de próstata, a grande vantagem dessa técnica é seu bom perfil de segurança para uso em pacientes que utilizam anticoagulantes. A maioria da literatura utiliza o Laser de Luz Verde (Greenlight Laser), referência de mercado para vaporização prostática, na atualidade.

O tratamento cirúrgico para próstatas volumosas ou enucleação endoscópica com o uso de laser (Holmium Laser / HoLEP, Thulium Laser / ThuLEP ou Bipolar / BipolEP), vem se tornando a técnica de escolha por apresentar maior segurança quando comparada a prostatectomia a céu, mas outras técnicas como a prostatectomia videolaparoscópica e robô-assistida são indicadas como técnicas de enucleação.

Lembramos que existem outras técnicas em estudo ou recém aprovadas para uso no Brasil como:

1- Aquablação, utiliza princípios da hidrodissecção para fazer a ablação do tecido prostático.

2-  Embolização prostática é considerada tratamento minimamente invasivo, realizada por equipe multidisciplinar. É um procedimento que apresenta taxas de sucesso inferior à RTU de próstata, mas pode ser indicada em homens que desejam manter a ejaculação e que não desejam um procedimento transuretral.

3- MIST (Minimally Invasive Surgical Therapies) são excelentes opções para pacientes com maior risco cirúrgico ou que fazem questão da preservação da função ejaculatória, citamos:

  • Rezum system, que utiliza radiofrequência como fonte de energia para ablação prostática.

4- Técnicas não-ablativas:

  • UroLift: Promove um ancoramento dos lobos laterais e consequente abertura da loja prostática. O lobo mediano, quando presente, deve ser ressecado.
  • iTIND: Dispositivo de nitinol que exerce força compressiva radial contra o tecido prostático, promovendo isquemia e necrose tecidual. Ele é deixado na uretra prostática durante 5 dias e depois disso é removido por uretroscopia.

A cirurgia desobstrutiva da próstata, geralmente, alivia os sintomas urinários demo do bastante rápido, melhorando consideravelmente a qualidade de vida do homem, experimentando um fluxo de urina mais forte e mais calibroso, urinando em menor tempo com sensação de esvaziamento vesical completo. Vale lembrar que o acompanhamento Urológico se faz necessário, considerando que outras doenças podem acometer a próstata após a cirurgia desobstrutiva, entre elas o Câncer.

Não deixe de conversar com o seu Urologista.

Fonte:

  • Sociedade Brasileira de Urologia
  • Associação Americana de Urologia
  • Associação Europeia de Urologia
  • Conselho Federal de Medicina
  • Associação Médica Brasileira

Dr. Marco Lipay

  • Cremesp 73891- CRM 73.891 | RQE 33972
  • Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo)
  • Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia
  • Membro Correspondente da Associação Americana de Urologia
  • Autor do Livro Genética Oncológica Aplicada a Urologia

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