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Hiperplasia Benigna Prostática

Próstata aumentada de tamanho é câncer?

Por Marco Lipay

A próstata é uma glândula, de aproximadamente 25 gramas no homem jovem, e está situada abaixo da bexiga e acima do reto (porção terminal do intestino). Pela próstata passa a uretra, estrutura anatômica que conduz a urina da bexiga para o meio externo. A próstata tem como função principal a produção do líquido seminal e nutrição dos espermatozoides (reprodução), outras funções atribuídas a glândula são: no controle miccional; na defesa contra infecções e no orgasmo.

A próstata, por causas ainda não totalmente esclarecidas, tem dois estirões de crescimento, o primeiro na puberdade e o segundo por volta dos 40 anos de idade. Teorias, relacionam esse crescimento a alterações hormonais ao longo da vida do homem.

O crescimento é conhecido como hiperplasia benigna da próstata (HPB), é tão comum que acomete metade dos homens com mais de 50 anos e mais de 80% dos homens na oitava década de vida. Aproximadamente 30% dos homens apresenta sintomas miccionais moderados a graves aos 60 anos e cerca de 50% os 80 anos.

Os sinais e sintomas relacionados ao aumento da próstata (HPB), incluem:

  • diminuição da força e calibre do jato urinário,
  • aumento da frequência miccional diurna,
  • acordar muitas vezes a noite para urinar,
  • ter urgência miccional,
  • demorar para desencadear a micção,
  • sensação de esvaziamento vesical incompleto,
  • gotejamento terminal ao final da micção,
  • ardor ao urinar.

É importante destacar que o tamanho da próstata não determina necessariamente a gravidade dos seus sintomas. Alguns homens com próstata levemente aumentada podem ter sintomas significativos, enquanto outros homens com próstata muito aumentada podem ter apenas sintomas urinários menores. Os sintomas estão relacionados a compressão da uretra pela próstata e/ou elevação do assoalho vesical. Esta compressão, pode resultar em:

  • moderado a severo resíduo pós miccional,
  • infecção urinária,
  • cálculos de bexiga,
  • sangue na urina ou no esperma,
  • falência da capacidade de contração da bexiga,
  • insuficiência renal.

Quando não tratadas, as complicações do aumento da próstata podem levar a uma retenção urinária aguda e o paciente precisar de uma sonda para drenar a urina e em situações extremas até a diálise pode ser necessária, entre outras medidas.

É importante destacar que o aumento benigno não aumenta a probabilidade de manifestar o câncer na próstata.

Outras afecções do trato urinário baixo, podem simular sinais e sintomas relacionados ao crescimento da próstata como: Inflamação da próstata (prostatite), estreitamento da uretra (estenose uretral), cicatrizes no colo da bexiga como resultado de cirurgia prévia, cálculos do trato urinários, problemas com nervos que controlam a bexiga (neuropatias) e o câncer da bexiga ou próstata.

É importante destacar que a relação parental (pai, tio, irmão, avô) com problemas de próstata pode aumentam as chances do homem desenvolve a HPB.  Essa probabilidade agrava se o diabetes, a obesidade, doenças neurológicas e cardíaca estiverem presentes, enquanto o exercício pode diminuir esse risco.

O diagnóstico envolve uma conversa detalhada entre o médico e o paciente sobre o cotidiano miccional, tipo de dieta ingerida de modo rotineiro, doenças associadas, uso de remédios e antecedentes familiares. Soma-se também a consulta, um exame físico detalhado (inclusive com o toque retal da próstata), além da solicitação de exames (sangue, urina e ultrassom).

Existem vários tratamentos com bons resultados para homens que apresentam sintomas miccionais em razão do aumento benigno da próstata, entre estes podemos destacar: mudanças de hábitos, medicamentos para urinar melhor e diminuir o tamanho da próstata, terapias minimamente invasivas e até cirurgia.  A melhor forma de esclarecer as dúvidas e resolver o problema é consultando um Urologista.

Dr. Marco Lipay

  • Cremesp 73891- CRM 73.891 | RQE 33972
  • Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo)
  • Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia
  • Membro Correspondente da Associação Americana de Urologia
  • Autor do Livro Genética Oncológica Aplicada a Urologia

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