Hidrocele

As hidroceles ocorrem em aproximadamente 1% dos homens adultos e geralmente desaparecem espontaneamente nos primeiros 6 meses.

Por Marco Lipay

Hidrocele é uma coleção de liquido que se forma entre as camadas da túnica vaginal (estrutura anatômica) que envolve os testículos e os cordões espermáticos resultando em um aumento de tamanho uni ou bilateral do escroto.  O volume varia desde coleções pequenas até coleções gigantescas e pode ou não estar associada a dor.

As hidroceles ocorrem em aproximadamente 1% dos homens adultos e geralmente desaparecem espontaneamente nos primeiros 6 meses.

Normalmente, surge a partir de condições inflamatórias das estruturas do escroto como: epididimite, torção, torção apendicular e traumas dos genitais.

O diagnóstico diferencial, faz-se a partir de processo que leva ao aumento de volume do escroto, como: hematocele (coleção de sangue no escroto), orquite (inflamação do testículo), epididimite (inflamação do epidídimo), hérnia ou tumores, que pode ser identificado no exame físico somado a um ultrassom.

A maioria das hidroceles não necessitam de tratamento por serem assintomáticas. A conduta cirúrgica está indicada apenas em pacientes com dor, sensação de aumento de pressão local ou quando a integridade da pele escrotal é comprometida por irritação crônica.

O procedimento cirúrgico mais comum é a excisão do saco de hidrocele e inversão da túnica vaginal, por via escrotal. A aspiração simples geralmente não é bem-sucedida devido à rápida recomposição de líquidos, bem como risco de infecções e inflamações crônicas, que pode dificultar um futuro tratamento cirúrgico.

A Sociedade Brasileira de Urologia, em seu consentimento informado, menciona que o tratamento cirúrgico pode apresentar riscos como:

  • Deiscência (abertura) dos pontos da sutura.
  • Infecção na cirurgia requerendo tratamento.
  • Necessidade de medicamentos analgésicos devido à dor no escroto.
  • Hematoma e ou edema no escroto.

O tratamento cirúrgico pode ser realizado de modo ambulatorial, sob efeito anestésico, o paciente é informado que será possível o uso de analgésicos e da necessidade de um repouso relativo, de suas atividades físicas e sexuais nos primeiros dias, entre outros cuidados, principalmente com a ferida cirúrgica.

Converse com seu urologista, ele saberá avaliar o seu problema e indicar a melhor forma de tratamento.

Dr. Marco Lipay

  • Cremesp 73891- CRM 73.891 | RQE 33972
  • Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo)
  • Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia
  • Membro Correspondente da Associação Americana de Urologia
  • Autor do Livro Genética Oncológica Aplicada a Urologia

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