Transplante de Órgãos

Atualmente, é importante destacar que, no Brasil, existe o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. Este programa é garantido a toda a população por meio do SUS, que é responsável pelo financiamento de aproximadamente 88% dos transplantes no país.

O processo que envolve o transplante de órgãos é extremamente rigoroso e ético. Portanto, sua regulação é executada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), um órgão do Ministério da Saúde. Adicionalmente, está previsto em Lei (Lei n. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, conhecida como Lei dos Transplantes, e no Decreto n. 9.175, de 18 de outubro de 2017, seu regulamento). Além disso, é importante destacar que a lei veda todo tipo de comercialização neste ato humanitário.

No entanto, apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados no Brasil, o número de pessoas na lista de espera para receber um órgão é ainda maior. Para vencer a desproporção entre o número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante identificar e notificar os óbitos, principalmente os de morte encefálica.

Além disso, é crucial preparar os profissionais de saúde e conscientizar a população sobre o processo de doação e transplante. Posteriormente isso fará com que esses últimos autorizem a doação, no caso da morte de entes queridos.

A importância da família

Com toda a certeza, é sempre importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que possam autorizar a doação e a retirada dos órgãos e tecidos em caso de uma fatalidade irreversível, como a morte encefálica. Compreendemos que a decisão ocorre em um momento muito doloroso. No entanto, este nobre ato pode salvar vidas.

Uma vez que, no Brasil, a doação de órgãos e tecidos só será realizada após a autorização familiar, é fundamental entender que os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando na lista de espera. Isso significa que a autorização da família desempenha um papel crucial nesse processo humanitário

A lista é única e organizada por estado ou região, sendo monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

De maneira geral, uns mais, outros menos, deseja fazer o bem ao semelhante, em franca demonstração de amor ao próximo. Contudo, crenças, somadas à falta de informações e à oposição da família, são os maiores responsáveis pelo insuficiente número de doadores.

Então qualquer um pode doar. O que vale é estar com boa saúde, avaliada pelo médico, e atender a certos limites de idade: 75 anos para os rins, 70 para o fígado, 69 anos para sangue, 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas, 55 para o pulmão, o coração e medula óssea, 50 para o pâncreas. Para córneas, não há limite.

Fonte:

• Ministério da Saúde
• ABTO – Associação Brasileira de Transplante de Órgãos